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Por Felipe Bannitz

Em 2022 a Mandū está completando 18 anos de vida, celebrando um passado de conquistas, um presente inovador e um futuro de transformações. Tudo começou a partir de um ambiente efervescente que integrava a extensão universitária, políticas públicas e terceiro setor no início dos anos 2000, com o foco do apoio no nascimento e desenvolvimento de negócios comunitários e no fortalecimento de economias locais.

Em 2004 foi formalizado o ISES – Instituto de Socioeconomia Solidária, que nasce na PUC-SP inspirado na Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP (ITCP-USP), mas foi em 2020 que o ISES se torna a Mandū Inovação Social, consolidando uma trajetória inovadora que transformou uma ONG fortemente influenciada pela extensão universitária em uma consultoria de inovação social que aporta soluções para o desenvolvimento territorial, integrando agendas públicas e privadas na perspectiva da geração de valor compartilhado. 

Em 2005, foi iniciada a parceria com a ITCP-FGV, Programa de Extensão Universitária similar ao da USP que estava precisando de suporte para a execução de um convênio com o Ministério de Ciência de fomento à economia solidária o centro de São Paulo. A partir disso, foi estruturada  uma sólida parceria na execução de projetos e programas inicialmente atrelados à políticas públicas, que foi migrando paulatinamente para a implementação de programas de investimento social privado de grandes empresas do Brasil.

Foram 8 anos de atuação conjunta que geraram a constituição de um corpo de profissionais que viabilizaram um crescimento da escala de atuação no fomento aos negócios comunitários. Nesse período, o escopo de atuação também foi se aprimorando, com a criação da Agesol, que futuramente se tornaria a Agência Mandū, unidade de negócios que atua com comunicação e comércio justo e o Banco de Negócios Inclusivos (BNI) que se tornou o Banco Mandū, que atua com microcrédito, fundos rotativos e bancos comunitários.

Em 2014, devido aos ganhos de escala e escopo, o ISES se emancipou da ITCP-FGV realizando seu spin off acadêmico, se tornando um negócio de impacto com estrutura flexível necessária para seguir a expansão de sua atuação com os principais investidores sociais do país. 

Este período até o ano de 2020, foram marcados por um crescente processo de desenvolvimento institucional, modernização do nosso modelo de negócios e impacto e estruturação do nosso Back office, tendo como destaques a estruturação da área própria de gestão administrativa e financeira, criação do PMO com processos customizados de gerenciamento dos projetos e programas implementados e estruturação do conselho gestor. Esse período marca também o estabelecimento de um escritório em Paris para acelerar nossa atuação a Amazônia e Moçambique, territórios que marcam a expansão geográfica e estratégica da instituição.

Então chegou a pandemia que nos estimulou a realizar mais uma forte onda de modernização institucional, com a aceleração da digitalização de nossos serviços e metodologias baseadas no ensino híbrido. Aproveitamos esse período para acelerar um projeto antigo de rebranding, pois todas as metamorfoses que a instituição passou desde o seu nascimento pediam uma nova marca e identidade visual mais moderna e comunicativa, uma nova cara que destacasse os aspectos de inovação social que fomos assumindo ao longo dos últimos anos. Assim o ISES se tornou a Mandū, uma mudança profunda que envolveu simbolicamente até a mudança de gênero, assumindo cada vez mais seu lado feminino que remete às qualidades do diálogo, empatia, acolhimento. Essa mudança de gênero não foi apenas no nome mas também na composição do conselho gestor, hoje majoritariamente composto por mulheres que lideram, já que temos 8 pessoas que lideram a organização, sendo apenas 2 homens.

Em 2021, também impulsionada pela pandemia, foi criada a Gerência de Inovação, com a importante missão tornar a inovação uma rotina dentro da organização. A gerência assumiu as pastas do PMO e Comunicação e criou a área de Inovação e Impacto, que tem o objetivo de aportar metodologias e tecnologias sociais capazes de alavancar o impacto socioambiental gerado pelos projetos e programas implementados pela Mandū. Essa área é formada por laboratórios de inovação temáticos, tendo como destaques os Labs de Estudos e Pesquisas, Processos de Aprendizagem e Modelagem de Negócios responsáveis pela gestão do conhecimento e difusão de boas práticas para todos os projetos e programas da organização.

O ano de 2022 é muito especial para nós, não só pelos nossos 18 anos, mas pela expansão da nossa atuação, atingindo o marco de 100 colaboradores. Esse ano também é marcado pela consolidação da Gerência de Inovação, com destaque a seus Labs temáticos que estão cumprindo a missão de fazer da inovação uma rotina na organização.

Nosso futuro será marcado por crescentes transformações, de forma a ampliar cada vez mais o impacto gerado na vida das pessoas, organizações e territórios que trabalhamos.

Felipe Bannitz é Mestre em Gestão e Políticas Públicas, Bacharel em Ciências Econômicas, Especialista em Economia Solidária e Tecnologia Social e em Empreendedorismo e presidente da Mandu Social.

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Ficou curioso(a) para conhecer de perto nosso trabalho? Assista à live 18 anos da Mandu onde contamos um pouco sobre o projeto que gerou a Rede Mulheres do Maranhão: