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O ISES tem como estratégia para 2018 a expansão de suas atividades no continente africano, para isso cada vez mais nos aproximamos do nosso irmão de idioma: Moçambique. No último mês, foi assinado um termo de cooperação com a organização moçambicana CHARIS – Associação de Solidariedade Social, localizada em Maputo, que tem como missão apoiar no desenvolvimento da cidadania plena de crianças e mulheres em situação de vulnerabilidade social da cidade de Maputo e arredores.

A Cooperação se destina à implementação Arranjos Produtivos Locais de Gestão de Resíduos Sólidos, aproveitando o know-how do ISES em programas desenvolvidos no Brasil com base na agroecologia e coleta seletiva. Sendo assim, Moçambique aproveitará muito da experiência acumulada brasileira de forma a validar um modelo capaz de ser reaplicado nas principais cidades do país.

Os Arranjos Produtivos serão estruturados a partir de três elementos:

1) Organização de Catadores de Materiais Recicláveis: responsável por receber, separar e comercializar os resíduos sólidos para a indústria recicladora, começando pela Cooperativa COMSOL. Saiba mais sobre a cooperativa aqui.

2) Núcleos agroecológicos de compostagem e agricultura urbana: responsável por receber resíduos orgânicos e produzir e comercializar compostos, húmus de minhoca e outros insumos agrícolas e alimentos, começando pelo Instituto de Permacultura de Moçambique (IPERMO).

3) Central logística: responsável por abastecer as Organizações de Catadores e Centrais Agroecológicas. Dado que Maputo não possui estrutura capaz de dar a destinação ambiental correta aos resíduos, a central logística inicialmente oferecerá uma parceria às empresas que transportam resíduos da fonte geradora até o destino final recomendado pelo governo. A central oferecerá a essas empresas, gratuitamente, a destinação correta deste material, agregando um “selo de qualidade ambiental” ao serviço tradicional prestado por essas empresas.

Em um segundo momento, a Central Logística poderá oferecer o serviço de coleta e destinação dos resíduos diretamente para grandes geradores, agregando valor e rentabilidade à operação.

Esse modelo será estruturado em Rede, inicialmente em Maputo, Capital de Moçambique, com possibilidade de reaplicação em outras cidades de grande porte do país, representando grande potencial de contribuição para a melhoria da gestão de resíduos sólidos, de forma integrada com a geração de trabalho e renda.