Coleta seletiva e limpeza urbana: transformando resíduos em recursos

25/08/24 | Community business development

Imagine um cenário onde o lixo que você descarta diariamente não é apenas empilhado em aterros sanitários, mas se transforma em novos recursos, gera empregos e ainda ajuda a preservar o meio ambiente? Esse é o poder da coleta seletiva!

Muito mais do que separação de resíduos, ela é uma prática estratégica para transformar nossas cidades em lugares mais limpos e sustentáveis. Com a coleta seletiva, cada embalagem, garrafa pet, papel, papelão, latinha, embalagem plástica, embalagem longa vida (tetra pak) e embalagem de vidro que você usa e descarta corretamente tem o potencial de ser reaproveitado, reduzindo a poluição e impulsionando uma economia que respeita o planeta.

Aproveite o Dia da Limpeza Urbana, dia 27 de agosto, para conhecer mais sobre a importância da coleta seletiva para as cidades. Vamos lá! 

O consumo nas cidades globais e suas produções de lixo

Nas grandes cidades urbanas, o consumo desenfreado gera uma quantidade imensa de resíduos. A produção de lixo tem crescido em ritmo alarmante, impulsionada pelo estilo de vida moderno, caracterizado pelo uso excessivo de produtos descartáveis e embalagens. 

A geração de resíduos sólidos domiciliares no mundo pode aumentar em 80% entre 2020 e 2050, saltando de 2,1 bilhões para 3,8 bilhões de toneladas por ano, dados do relatório Global Waste Management Outlook 2024 (GWMO 2024). Cada brasileiro gera, em média, cerca de 343 quilos de resíduos anualmente.

A produção e consumo desenfreado somado ao descarte inadequado de resíduos é uma bomba relógio. Já parou para pensar que considerando a média de 500 anos para que o plástico se decomponha, a primeira escova de dente de sua vida ainda está por aí ajudando a poluir o planeta?

O aumento na geração de resíduos pressiona os sistemas de gestão urbana, o que por sua vez, provoca  desafios como a saturação de aterros sanitários, a poluição do solo e da água e a emissão de gases poluentes. 

A economia circular: limpando cidades e plantando florestas

A economia circular oferece uma alternativa ao modelo linear de produção e consumo, propondo que os materiais sejam continuamente reutilizados e reciclados, em vez de serem descartados. 

Na prática, isso significa transformar resíduos em recursos, integrando-os novamente ao ciclo produtivo. Um exemplo inspirador dessa abordagem é a possibilidade de converter resíduos orgânicos em adubo para florestas, ou quando resíduos plásticos se transformam em arte, energia, sabão, infraestrutura… 

Ao promover a economia circular, não só limpamos as cidades, mas também contribuímos para a recuperação ambiental, conseguindo gerar mais empregos. Este modelo não apenas reduz a quantidade de resíduos, mas também abre caminhos para práticas sustentáveis como o  reuso de materiais, reflorestamento e a conservação da biodiversidade.

A importância da coleta seletiva para combater quadros graves

A selective waste collection desempenha um papel crucial na prevenção de problemas ambientais graves. Atua exatamente no enfrentamento de alguns dos quadros mais graves da sociedade contemporânea: o consumo exacerbado e o aumento dos resíduos sólidos e orgânicos.

Todavia, não só a coleta seletiva, quanto a própria separação dos resíduos são essenciais e precisam ser colocados em prática da maneira certa. s. Quando resíduos recicláveis são misturados com não recicláveis, por vezes, eles perdem seu potencial de reaproveitamento e potencializam  a sobrecarga dos aterros sanitários que, na maioria dos casos, já estão saturados. 

Veja abaixo, problemas potencializados por descartes inadequados de resíduos: 

  • Contaminação da água
  • Emissão de gases de efeito estufa
  • Poluição do ar
  • Desperdício de recursos naturais
  • Degradação de ecossistemas
  • Perda de biodiversidade
  • Aumento da incineração de lixo
  • Diminuição da qualidade de vida urbana

Ao implementar a coleta seletiva de maneira eficiente, não só evitamos esses cenários críticos, mas também garantimos que materiais valiosos descartados, como alumínio, plásticos, metais, embalagem longa vida (tetra pak) e papel sejam reaproveitados.

No Brasil, segundo a International Solid Waste Association (ISWA), apenas 4% dos resíduos sólidos são reciclados. De 80 milhões de toneladas de resíduos descartados, mais de 70% dos brasileiros não consideram a reciclagem na hora de fazerem seus descartes . Segundo a ONG Center for Climate Integrity, apenas 9% de todo o plástico global descartado tem sido reciclado.

O programa Reciclo

O Reciclo se destaca como um modelo bem-sucedido na implementação da coleta seletiva e na geração de renda para catadores e catadoras. Este projeto, promovido pela Vale e implementado pela Mandu, envolve 12 associações de catadores e a Rede de Economia Solidária dos Catadores Unidos do Espírito Santo (Reúnes), que conta com cerca de 200 participantes diretos.

O objetivo principal do Reciclo é expandir a coleta seletiva, aumentar a renda das famílias associadas aos catadores de materiais recicláveis e reduzir o descarte inadequado de resíduos no meio ambiente.

Para atingir esses objetivos, o projeto oferece capacitações, infraestrutura adequada e suporte técnico para a formação de associações de catadores. Essa estruturação melhora a comercialização dos materiais recicláveis, beneficia os catadores com maior renda e fortalece sua capacidade de autogestão.

Conheça a importância dos catadores para o meio ambiente,  assistindo ao vídeo abaixo.

https://youtu.be/aGP3lddeU5k

Coleta seletiva: como eu posso contribuir para a limpeza urbana?

Para contribuir para a limpeza urbana, é essencial adotar práticas conscientes de descarte e separação de resíduos, isso garante que materiais recicláveis não se contaminem com os não recicláveis. Além disso, apoiar políticas públicas que reforcem a coleta seletiva é fundamental. Incentive parentes e vizinhos a seguir essas práticas! Caso você tenha  possibilidade de investir, considere o setor de coleta seletiva e o processamento de resíduos, pois são áreas que  tendem a se agigantar cada vez mais. 

Com base em seus quase 20 anos de experiência, com os maiores investidores sociais do Brasil, a Mandu é especializada em desenhar estratégias inovadoras de Investimento Social Privado. 

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